Nesta quarta-feira (20), o Governo Federal apresentou uma estratégia inédita para atrair mais turistas estrangeiros ao Brasil: o Programa de Aceleração do Turismo Internacional (PATI). O projeto, resultado de uma colaboração entre o Ministério do Turismo, Ministério de Portos e Aeroportos e a Embratur, utilizará recursos do Fundo Nacional de Aviação Civil (FNAC) para subsidiar ações em dois eixos principais: aumentar a oferta de voos internacionais e melhorar a experiência dos visitantes nos aeroportos brasileiros.
Durante o evento, Ana Carla Lopes, secretária executiva representando o ministro do Turismo, Celso Sabino, destacou o potencial da estratégia para atrair mais turistas de outros países e promover os destinos brasileiros globalmente.
"Iniciativas como o Programa de Aceleração do Turismo Internacional se somam a um grande esforço do governo federal para posicionar o Brasil entre os líderes do turismo em todo o mundo. Todo este trabalho vai favorecer que atinjamos a meta de receber milhões e milhões de turistas estrangeiros até 2026, mas mais do que isso é incrementar o poder do turismo de gerar trabalho, emprego, renda e inclusão social", explica Lopes.
O primeiro passo será a publicação de um edital de chamamento público, como parte de um piloto, para encorajar companhias aéreas brasileiras e estrangeiras a operar novos voos regulares para destinos turísticos no Brasil. As empresas selecionadas receberão incentivos financeiros do PATI para promover destinos brasileiros no mercado internacional, estimulando os turistas a visitar o país. O programa oferecerá à companhia aérea selecionada o valor de R$ 40 para cada novo assento de voo implantado, exigindo uma contrapartida financeira equivalente por parte da empresa.
Segundo Silvio Costa Filho, ministro de Portos e Aeroportos, este programa piloto reflete os principais objetivos do governo, como integração entre ministérios e colaboração coletiva. Ele espera que essa abordagem inovadora possa servir de modelo para futuros investimentos em voos internacionais.
As empresas interessadas devem apresentar um plano de promoção turística para os destinos que planejam atender com os novos voos ou aumento da oferta de assentos. Esse plano pode incluir campanhas publicitárias, viagens promocionais com jornalistas e influenciadores digitais, ou eventos promocionais com operadores turísticos estrangeiros, entre outras estratégias. Os novos voos ou assentos devem estar disponíveis de 27 de outubro de 2024 a 29 de março de 2025.
Para esta fase inicial, está previsto um investimento público de R$ 3,3 milhões, com a expectativa de que, com as contrapartidas das companhias aéreas, esse valor chegue a pelo menos R$ 6,6 milhões. Essa iniciativa, inédita no Brasil, foi inspirada em políticas semelhantes adotadas por países como Reino Unido, Espanha, Irlanda e Suécia.
A Embratur, responsável pela execução do projeto piloto, espera disponibilizar aproximadamente 82.500 novos assentos em voos internacionais, o que equivaleria a 82.500 novos turistas visitando o Brasil.
O edital estabelece critérios que favorecem voos originados em 25 mercados estratégicos definidos pela Embratur, considerando o potencial de crescimento do turismo para o Brasil e o status desses mercados como grandes emissores de viajantes internacionais.
As propostas das companhias aéreas serão avaliadas levando em conta fatores como o uso de aeronaves modernas, compromisso com os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da ONU, frequência semanal dos voos e conveniência dos horários de chegada e partida, com preferência para horários atrativos aos turistas.
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